Sabe-se que pessoas idosas hospitalizadas requererem maiores cuidados durante o período de hospitalização, visto que o próprio processo de envelhecimento provoca alterações em diversos sistemas fisiológicos, com consequente redução na ingestão alimentar e massa magra. A hospitalização pode representar um fator de risco para o declínio funcional de pessoas idosas, levando essa população a apresentar maiores riscos para o desenvolvimento de quadros de desnutrição. O objetivo da presente pesquisa foi analisar a relação entre a aceitação alimentar e o desenvolvimento de complicações intra-hospitalares em pessoas idosas hospitalizadas e seus impactos durante o curso do internamento. Trata-se de uma revisão de literatura, com análise de artigos indexados em bases de dados como Scielo e Pubmed, nos idiomas português e inglês. A desnutrição hospitalar pode ser desencadeada por diversos fatores, como baixa ingestão alimentar e doenças associadas, podendo resultar em um maior tempo de hospitalização, afetando diretamente o funcionamento do organismo e deixando-o mais suscetível à instalação de novas infeções e ao desenvolvimento de processos inflamatórios. Destacam-se diversas causas que podem interferir na ingestão alimentar, desde o sabor das refeições até a presença de patologias de base, exigindo a implementação de estratégias a fim de melhorar tal aceitação. Nota-se que esta condição ainda se apresenta como grande fator de risco durante o período de internamento, pois associa-se a um pior prognóstico em pessoas idosas. Portanto, os cuidados nutricionais devem assumir uma importante posição no processo de melhoria da qualidade de vida e do quadro de saúde de tais pacientes.

Objectives: To investigate the prevalence of sarcopenia according to five cut-off points for muscle strength and the association with undernutrition in Community dwelling older adults.

Methodology: Cross-sectional study with 321 elderly subjects from community centers in Cuiabá-MT. The main variable was the prevalence of sarcopenia and association with undernutrition. Sarcopenia was diagnosed by low muscle strength (grip strength – GS; kg) according to five cut-off points and low calf circumference (CC; cm). Nutritional status was assessed by mini nutritional assessment-short form (MNA-SF®).

Results: The median age was 69 (64-74) years, and 24.7% were undernourished. The presence of sarcopenia ranged from 1.6 to 7.6%. This prevalence was lower using EWGSOP2 criteria compared to EWGSOP (p=0.005) and ESCEO and SDOC criteria (p<0.001). The older undernourished adults were almost 3.5 times more likely to have sarcopenia (OR=3.49; p=0.003) when ESCEO criteria was used and almost 2.5 times (OR=2.43; p=0.037) times using SDOC criteria.

Conclusions: The prevalence of sarcopenia ranged from 1.6 to 7.6%. The older undernourished adults were almost 3.5 (ESCEO) and 2.5 (SDOC) times more likely to have sarcopenia.