A alergia alimentar é um problema de saúde pública em ascensão e é considerada a “segunda vaga da epidemia das alergias”, sendo as mediadas pelas imunoglobulinas E as mais prevalentes. Diversos fatores de risco correlacionados entre si têm sido apontados como responsáveis pelo relevante aumento do número de casos a nível mundial. O diagnóstico desta patologia pode basear-se na avaliação da história clínica, seguida da realização de testes de sensibilização e de Provas de Provocação Oral. As recomendações mais recentes defendem a introdução precoce dos alergénios na dieta como a melhor estratégia de prevenção da doença. Os fármacos disponíveis para este problema de saúde são escassos, com a Imunoterapia com Alergénios a ser a única estratégia bem-sucedida. Por esta razão, a eliminação do alergénio da dieta continua a ser principal forma de gestão da doença.
Os extratos de arando têm vindo a ser testados como suplemento nutricional eficaz na prevenção das infeções do trato urinário, sendo considerados uma alternativa natural ao uso da terapêutica antibiótica. O arando apresenta uma composição rica em flavonóides cujo papel aparenta estar envolvido na redução da prevalência e da sintomatologia das infeções do trato urinário. Ao que parece, a eficácia dos seus compostos ativos na prevenção bacteriana depende se este é consumido sob a forma natural do fruto (baga), em sumo ou, por outro lado, se é suplementado através de cápsulas, comprimidos ou produtos gelatinizados.
Os principais objetivos da presente revisão narrativa da literatura centram-se em dois pontos principais: (1) rever os argumentos existentes na literatura acerca do papel do arando na prevenção das infeções do trato urinário; (2) identificar quais os produtos à base de arando mais eficazes na prevenção deste tipo de infeções.