A alergia alimentar é um problema de saúde pública em ascensão e é considerada a “segunda vaga da epidemia das alergias”, sendo as mediadas pelas imunoglobulinas E as mais prevalentes. Diversos fatores de risco correlacionados entre si têm sido apontados como responsáveis pelo relevante aumento do número de casos a nível mundial. O diagnóstico desta patologia pode basear-se na avaliação da história clínica, seguida da realização de testes de sensibilização e de Provas de Provocação Oral. As recomendações mais recentes defendem a introdução precoce dos alergénios na dieta como a melhor estratégia de prevenção da doença. Os fármacos disponíveis para este problema de saúde são escassos, com a Imunoterapia com Alergénios a ser a única estratégia bem-sucedida. Por esta razão, a eliminação do alergénio da dieta continua a ser principal forma de gestão da doença.

Os extratos de arando têm vindo a ser testados como suplemento nutricional eficaz na prevenção das infeções do trato urinário, sendo considerados uma alternativa natural ao uso da terapêutica antibiótica. O arando apresenta uma composição rica em flavonóides cujo papel aparenta estar envolvido na redução da prevalência e da sintomatologia das infeções do trato urinário. Ao que parece, a eficácia dos seus compostos ativos na prevenção bacteriana depende se este é consumido sob a forma natural do fruto (baga), em sumo ou, por outro lado, se é suplementado através de cápsulas, comprimidos ou produtos gelatinizados.

Os principais objetivos da presente revisão narrativa da literatura centram-se em dois pontos principais: (1) rever os argumentos existentes na literatura acerca do papel do arando na prevenção das infeções do trato urinário; (2) identificar quais os produtos à base de arando mais eficazes na prevenção deste tipo de infeções.

O excesso de peso continua a ser um problema de saúde pública, sendo, por isso, importante estimular uma mudança do estilo de vida. Todavia há comumente uma forte resistência à mudança que, associada à má gestão de tempo, escolhas alimentares incorretas, falta de disciplina e motivação, comprometem a adesão à terapêutica. A aplicação de estratégias de coaching e nudging parece estar associada ao aumento da motivação, organização e controlo sobre as escolhas alimentares, preparando o doente para uma mudança de comportamento, contribuindo para a diminuição do excesso de peso, melhoria da qualidade de vida, redução da mortalidade e morbilidade e, consequentemente, diminuição dos custos em saúde, embora estudos experimentais sejam necessários para avaliar a eficácia destas estratégias no processo de perda de peso. A aplicação destas estratégias deve ter por base teorias baseadas em evidência científica e aplicadas por pessoal técnico treinado para o efeito, como psicólogos e/ou nutricionistas com formação em coaching aplicado às Ciências da Nutrição, salientando a importância de equipas multidisciplinares para uma eficaz gestão do peso.

Atualmente, a demência é uma epidemia global com grande impacto social, económico e na saúde, sendo urgente aumentar o conhecimento sobre a sua prevenção e tratamento. Diversos macro e micronutrientes, alimentos e padrões alimentares têm sido estudados como potenciais fatores de risco e de proteção, e agentes no tratamento. Para além da potencial modulação dos fatores de risco vascular, os fatores nutricionais poderão ter uma ação direta na patogénese. Embora ainda não haja evidência consistente e definitiva de ensaios controlados randomizados sobre o efeito dos fatores nutricionais na demência, vários trabalhos sugerem que estratégias nutricionais podem ser custo-efetivas, seguras e fáceis de implementar. Desta forma, é necessário realizar mais investigação para esclarecer o papel da nutrição e alimentação e estabelecer recomendações preventivas e terapêuticas na demência.