Nos últimos anos tem-se verificado o aumento da população idosa e da fragilidade. Apesar de não existir uma definição universal de fragilidade, a mais usada é o Fenótipo de Fragilidade definido por Fried et al. (2001). Hábitos alimentares desequilibrados e/ou um estado nutricional desadequado são fatores de risco modificáveis para a fragilidade.

O objetivo desta revisão literária é analisar o papel da nutrição na prevenção e no tratamento da fragilidade em idosos a viver na comunidade, institucionalizados e hospitalizados.

Conclui-se que, em individuos inseridos na comunidade, educação alimentar, a fortificação alimentar, a suplementação e intervenção multidisciplinar são estratégias importantes para a prevenção e o tratamento da fragilidade. No que diz respeito a idosos institucionalizados, intervenção que inclua suplementação proteico-energética, vitamina D, cálcio e fibra contribui para melhorar o estado nutricional e a capacidade física. Em meio hospitalar, a estratégia mais eficaz é a intervenção individualizada tendo em consideração os alimentos preferidos das pessoas, snacks e suplementos alimentares ou alimentos enriquecidos em proteina, além da nutrição artificial. Serão necessários mais estudos para estabelecer recomendações específicas para a intervenção nutricional na fragilidade em pessoas idosas.

A alergia alimentar é um problema de saúde pública em ascensão e é considerada a “segunda vaga da epidemia das alergias”, sendo as mediadas pelas imunoglobulinas E as mais prevalentes. Diversos fatores de risco correlacionados entre si têm sido apontados como responsáveis pelo relevante aumento do número de casos a nível mundial. O diagnóstico desta patologia pode basear-se na avaliação da história clínica, seguida da realização de testes de sensibilização e de Provas de Provocação Oral. As recomendações mais recentes defendem a introdução precoce dos alergénios na dieta como a melhor estratégia de prevenção da doença. Os fármacos disponíveis para este problema de saúde são escassos, com a Imunoterapia com Alergénios a ser a única estratégia bem-sucedida. Por esta razão, a eliminação do alergénio da dieta continua a ser principal forma de gestão da doença.