Introdução: A prevalência de obesidade em adultos e em crianças tem vindo a aumentar, apresentando a idade pré-escolar especial relevância na adoção de hábitos alimentares.

Objetivos: Avaliar o valor energético das refeições realizadas no jardim de infância e relacioná-las com o sexo e o meio de residência da criança.

Metodologia: Recolha de dados antropométricos e avaliação da ingestão dietética das crianças através de um questionário e pesagem dos alimentos consumidos no jardim de infância.

Resultados: Das 153 crianças avaliadas, verificou-se uma prevalência de excesso de peso/obesidade e obesidade de 5,9% e de 6,5% respetivamente, apresentando os rapazes e as crianças do meio rural valores mais elevados, bem como uma maior percentagem do valor energético ingerido nas refeições realizadas nos jardins de infância. Em 83% das crianças verificou-se um consumo energético superior às necessidades energéticas.

Conclusões: Neste estudo verificámos um consumo energético superior face às necessidades nas refeições realizadas no jardim de infância e no total das refeições realizadas ao longo do dia. Verificámos ainda a existência de diferenças na seleção de alimentos entre os sexos e meio de residência nas refeições intercalares.