A obesidade é uma doença crónica e prevalente caracterizada pelo excesso de tecido adiposo. Além das repercussões na qualidade de vida, aumenta o risco de agravamento e desenvolvimento de várias outras patologias. Assim, torna-se imprescindível a adoção de um tratamento eficaz com uma abordagem multifatorial. A primeira intervenção no tratamento da obesidade envolve medidas não farmacológicas. Porém, quando não são alcançados resultados satisfatórios é necessária a introdução da terapêutica farmacológica, avaliando o risco-benefício do fármaco em função do doente. O número de fármacos disponíveis atualmente para o tratamento desta patologia é escasso, mas começam a ser aprovadas algumas alternativas eficazes, não deixando de ser crucial a investigação e desenvolvimento de novas moléculas que promovam inovação nesta área terapêutica. O conhecimento da ação destes fármacos pelos profissionais de saúde não médicos, nomeadamente, pelos nutricionistas é fundamental para o sucesso da abordagem multidisciplinar ao doente, pelo que se apresenta uma revisão desses mesmos fármacos, os seus mecanismos e os cuidados a considerar sobre a forma de árvore de decisão.

INTRODUÇÃO: A estruturação de comportamentos promotores de saúde, mas também de risco ocorre frequentemente na  adolescência, assim como alterações na composição e imagem corporais. Estas modificações têm um papel determinante na saúde e qualidade de vida futura, pelo que a sua quantificação é essencial.
OBJETIVOS: Avaliar comportamentos alimentares e outros estilos de vida de alunos do ensino secundário, a satisfação com a imagem corporal e o estado nutricional; estudar a agregação de estilos de vida menos saudáveis; estabelecer uma análise comparativa entre duas instituições de ensino de meios sociodemográficos distintos.
METODOLOGIA: Foi conduzido um estudo transversal, comparativo entre duas instituições de ensino da área metropolitana do Porto (Portugal), uma Escola Profissional e uma Escola de Ensino Particular e Cooperativo. Os alunos, após consentimento do seu representante legal, responderam a questionários estruturados sobre as dimensões em estudo, incluindo um questionário de frequência alimentar validado. Foram efetuadas medições antropométricas por observadores treinados.
RESULTADOS: Observou-se uma elevada prevalência de comportamentos de risco em ambas as instituições, particularmente na Escola Profissional, com contexto socioeconómico menos favorecido. No geral, estes parecem ter uma menor adesão a um padrão de estilos de vida mais saudável (média 2,36 vs. 2,73, p=0,021; âmbito variação: 0 a 5). As prevalências de inadequação de macro e micronutrientes foram significativamente superiores na Escola Profissional, embora ambas tenham uma inadequação de ingestão de sódio superior a 75%. A maioria dos alunos encontra-se insatisfeito com a sua imagem corporal (79,2% na Escola Profissional e 61,6% na Escola de Ensino Particular e Cooperativo, p=0,162). A prevalência de sobrecarga ponderal (excesso de peso e obesidade) foi elevada, superior a 30%.
CONCLUSÕES: Existem diferenças relevantes nos hábitos alimentares e outros estilos de vida entre alunos de escolas de meios sociodemográficos distintos, que poderão servir de base futura à delineação de intervenções e contribuir para uma melhoria efetiva do ambiente escolar, que se espera promotor de saúde.

A presente revisão centra-se no efeito do stress no comportamento alimentar em adolescentes, adultos e idosos. Existem alterações no comportamento alimentar como resposta ao stress, existindo evidência em adolescentes, adultos e idosos da existência dessa associação. O aumento do desejo e do consumo de alimentos mais saborosos aumenta para algumas pessoas, enquanto que para outras pode ser exibida uma situação de perda de apetite. A relação do stress com o comportamento alimentar é bidirecional, pois tanto o stress pode levar a alterações no comportamento alimentar como uma má alimentação também pode aumentar os níveis de stress. São necessários mais estudos experimentais que possam inferir casualidade entre o stress e o comportamento alimentar e que averiguem a efetividade de estratégias concretas na prevenção dos episódios de desregulação do comportamento alimentar induzidas pelo stress por forma a fornecer mais e melhores ferramentas aos profissionais de saúde e nutrição que trabalham com esta temática a nível individual ou coletivo.

A formação de hábitos alimentares ocorre em grande medida nos primeiros anos de vida sendo recomendada uma alimentação variada, nutricionalmente equilibrada e completa para garantir um ótimo crescimento e desenvolvimento das crianças. Esta revisão visa compreender que aspetos contribuem para a criação de hábitos alimentares em crianças em idade pré-escolar, tendo para isso recorrido à pesquisa na PubMed a partir das palavras-chave “food”, “eating habits” e “preschool child”. Vários fatores podem influenciar a formação de hábitos alimentares das crianças como são disso exemplo aspetos relacionados com os pais e os avós (e.g. idade e nível de escolaridade), ou fatores concretos como a neofobia alimentar ou a presença de doenças nessa fase do ciclo de vida. Estando os nutricionistas mais consciente dos fatores que influenciam os hábitos alimentares das crianças em idade pré-escolar, terão maior probabilidade de verdadeiramente as conseguir auxiliar e aos seus cuidadores.