Introduction: Despite the increasing effort in food safety measures, food poisoning remains a reality. Employees’ perception regarding food safety and hygiene at their workplace (food safety climate) can influence the microbiological status of the final product.

objectives: To study the relationships between food safety climate, knowledge about food safety and personal and professional characteristics of workers of higher education institutions’ food service units (canteens and bars).

Methodology: A convenience sample of 77 workers of 15 higher education institutions’ canteens and bars in three Portuguese cities (Porto, Aveiro and Coimbra) was evaluated. The relationships of sociodemographic and workplace data with food safety climate (18 items divided into six components) and knowledge about food safety (20 items grouped in four themes) were assessed.

Results: Food safety climate (median = 83.3%, P25 = 70.8%, P75 = 88.9%) was not significantly associated with food safety knowledge (median = 45.0%, P25 = 30.0, P75 = 55.0): rs = -0.128, p = 0.262. Food safety knowledge had a positive association with years of experience in current workplace (rs = 0.247, p = 0.032) and in food sector (rs = 0.326, p = 0.004). Workers who had attended training in their current workplace presented higher food safety knowledge (mean = 45.0% vs. 40.0%, p = 0.021). None of the relationships of workers’ characteristics and food safety climate were statistically significant.

Conclusions: Workers of Portuguese higher education institutions’ service units present low knowledge about food safety despite the positive perception of food safety climate. Experience and training are related with food safety knowledge but not with food safety climate.

Introdução: Um nível adequado de conhecimentos sobre alimentação e nutrição pode ser um fator importante para suportar escolhas alimentares mais saudáveis.

Objetivos: Avaliar o nível de conhecimento sobre alimentação e nutrição de estudantes do 1.º ciclo de estudos da área das Ciências da Saúde e os seus fatores associados.

Metodologia: Foi conduzido um estudo observacional transversal, que incluiu estudantes do 1.º ano do Ensino Superior da área das Ciências da Saúde no ano letivo de 2019/2020 (n=150). Os dados foram recolhidos através de um questionário estruturado de autopreenchimento. Os conhecimentos sobre alimentação/nutrição foram avaliados através de uma escala previamente testada na população portuguesa. As variáveis categóricas foram comparadas através do teste de Qui-quadrado e as variáveis quantitativas contínuas através do teste ANOVA.

Resultados: A percentagem média de respostas corretas na escala de conhecimentos sobre alimentação/nutrição foi de 77,9% (desvio-padrão=12,57) (variação 36%-100%). Ao analisarmos os fatores associados a um conhecimento em alimentação/nutrição elevado (>90% respostas corretas), verificou-se que este foi significativamente superior nos indivíduos que reportaram um consumo médio mais elevado de fruta e produtos hortícolas (4,6 vs. 3,2 porções/dia, p=0,019), particularmente de sopa, nos estudantes com mães mais escolarizadas (12,7 vs. 11,3 anos médios de escolaridade, p=0,039) e nos estudantes da Faculdade de Ciências da Saúde comparativamente aos da Escola Superior de Saúde (55,0% vs. 45,0%, p=0,018).

Conclusões: Os estudantes da área das Ciências da Saúde mostraram um nível de conhecimentos sobre alimentação/nutrição relativamente elevado. Um maior conhecimento foi associado a um maior consumo de fruta e produtos hortícolas, uma maior escolaridade da mãe e ao local de Ensino (Faculdade/Escola).

Introdução: A interação medicamento-alimento/nutriente é um fenómeno, que merece uma atenta reflexão por parte dos profissionais de saúde, principalmente daqueles que na sua área de intervenção prescrevem, dispensam ou aconselham medicamentos e alimentos. É muito importante que esses profissionais, conheçam as particularidades (físico)-químicas dessas substâncias, para que assim, possam evitar possíveis interações entre elas, e consequentemente, garantir o sucesso terapêutico de cada doente.

Objetivos: Este estudo tem como objetivo caraterizar o conhecimento dos profissionais da saúde, nomeadamente nutricionistas e profissionais da área de farmácia, sobre interações entre medicamentos e alimentos.

Metodologia: Trata-se de um estudo qualitativo, recorrendo a um inquérito por questionário, enviado a profissionais de saúde que na sua área de intervenção se deparam com os riscos potenciais da interação entre medicamentos e alimentos.

Resultados e conclusões: A análise dos resultados obtidos demonstra que os profissionais da área da farmácia, têm pouco conhecimento sobre as interações que podem ocorrer entre os medicamentos e os alimentos. Ainda que com algumas lacunas no conhecimento, os resultados indicam que os nutricionistas demonstram ter maior conhecimento sobre este tema. Considerando os resultados obtidos, e para otimizar o uso do medicamento, é importante desenvolver mecanismos que contribuam para aumentar o conhecimento dos profissionais de saúde sobre as interações entre medicamentos e alimentos.

Introdução: O conhecimento em nutrição é um determinante modificável do comportamento alimentar, importante para a adoção de hábitos alimentares saudáveis e diferenciadores na otimização do desempenho desportivo.

Objetivos: Traduzir e adaptar um questionário de conhecimentos em nutrição geral e no desporto e estudar as suas propriedades psicométricas.

Metodologia: Procedeu-se à tradução, retrotradução e adaptação do instrumento, incluindo a redução do número de itens com base na aplicação a estudantes do ensino superior (n = 238) de três áreas de conhecimentos distintos: nutrição (n = 46), engenharia (n = 118) e letras (n = 74), e estudaram-se as suas propriedades psicométricas: validade de conteúdo, validade de grupos mistos, validade fatorial e consistência interna.

Resultados: O conteúdo do questionário foi analisado por um conjunto de avaliadores através de uma análise qualitativa e quantitativa, que resultou num coeficiente de validade de conteúdo de 0,90. Através da avaliação da diferença de conhecimentos entre os três grupos, e de acordo com a análise da consistência interna e análise fatorial, dos 90 itens que compunham o questionário inicial foram excluídos 48. Foram repetidas as análises fatorial e de consistência interna para a versão final com 42 itens. O questionário apresenta, para cada uma das secções (nutrição geral e nutrição no desporto), uma estrutura unifatorial e boa consistência interna (valores de alfa de Cronbach de 0,883 e 0,720, respetivamente).

Conclusões: Este estudo gerou uma versão mais curta e com boas propriedades psicométricas de um questionário de conhecimentos em nutrição geral e no desporto. A sua aplicação permitirá aos profissionais da área analisar as diferenças de conhecimentos entre atletas de diferentes sexos e desportos, estabelecendo assim estratégias educacionais mais direcionadas e efetivas.