O consumo de insetos na alimentação humana remonta à fase de caçador-recoletor do Homo sapiens e ainda hoje é parte integrante da dieta de muitos povos, não só quando há escassez de outros alimentos, mas também pelo seu sabor ser apreciado. Na Europa o consumo de insetos deixou de ser prática comum à medida que outros alimentos passaram a estar disponíveis em qualquer época do ano. Os insetos mais consumidos mundialmente pertencem às ordens Coleoptera, Lepidoptera, Hymenoptera, Orthoptera, Hemiptera, Isoptera, Odonata, Diptera, Dictyoptera e Megaloptera. O valor nutricional dos insetos para o ser humano é reconhecido, recentemente, a Organização para a Alimentação e Agricultura das Nações Unidas publicou uma tabela com a composição nutricional de 471 insetos comestíveis. Os insetos são ricos em proteína, gordura, minerais e vitaminas. O consumo de insetos no Ocidente, em países onde deixou de ser prática comum, encontra-se condicionado pela perceção negativa que se tem destes animais e por se tratar de algo visto como novo no que diz respeito à alimentação. Nos últimos anos tem-se assistido a um crescente interesse pela introdução dos insetos na dieta como forma de fazer face ao crescimento da população mundial e consequente necessidade de aumento da produção alimentar, mas também por questões ambientais. Em Portugal o interesse pela produção de insetos para consumo humano encontrou barreiras na legislação da União Europeia, estando atualmente autorizada a comercialização de 6 espécies de insetos.