Introdução: O aumento da esperança média de vida e o envelhecimento da população têm conduzido a um incremento na prevalência de doenças crónicas progressivas como as demências. As alterações metabólicas e fisiológicas que decorrem podem causar comprometimento do estado nutricional destes doentes.

Objetivos: Identificar as preferências relativamente a alimentos e bebidas e conhecer os fatores que condicionam a ingestão alimentar em doentes com demência ou comprometimento cognitivo.

Metodologia: Realizou-se estudo observacional descritivo do tipo transversal que incluiu doentes, com diagnóstico de demência ou comprometimento cognitivo e/ou os seus cuidadores informais, internados na Unidade de Cuidados Continuados e Unidade de Convalescença, Reabilitação e Manutenção do Hospital-Escola da Universidade Fernando Pessoa. A recolha dos dados foi realizada através de um questionário construído especificamente para o efeito.

Resultados: A maioria dos doentes mencionou preferir sabores doces, alimentos cozidos, quentes de consistência normal e como bebida a água. Nos condicionantes da ingestão alimentar salientam-se como fatores mais selecionados a companhia durante as refeições, forma de apresentação e quantidade/volume das refeições.

Conclusões: A intervenção nutricional em contexto hospitalar, para além das necessidades nutricionais do doente, deve ter em consideração as suas preferências, de modo a contribuir para o seu bem-estar geral.

As últimas décadas originaram inúmeros avanços na tecnologia médica e farmacológica. Uma das áreas que reflete esse progresso tem sido a administração de alimentação, nutrição e hidratação. Representam áreas controversas do cuidar em fim de vida, especialmente se administradas pela via artificial. O objetivo desta revisão foi discutir e compreender o conhecimento atual e global relativamente às questões éticas relacionadas com a alimentação, nutrição e hidratação no fim de vida. As situações problemáticas analisadas incluíram: diretivas antecipadas de vontade, o conceito de cuidado humano básico ou tratamento, o significado da alimentação e hidratação, a suspensão e abstenção de nutrição e hidratação, riscos e benefícios do suporte nutricional e o conceito da cessação voluntária de nutrição e hidratação.

As últimas décadas têm sido palco de inúmeros avanços na tecnologia médica e, consequentemente, na Ética. Uma das áreas que reflete estes progressos é a área da alimentação, nutrição e hidratação em cuidados paliativos. A presente revisão foca-se no conhecimento global relativamente à Ética na Nutrição em Cuidados Paliativos relativamente aos princípios de autonomia, beneficência, não maleficência e justiça.