A diverticulose do cólon consiste na presença de alterações anatómicas em forma de bolsa na parede do intestino grosso, passando a designar-se doença diverticular quando se desenvolvem sintomas. Por sua vez, a doença diverticular, subdivide-se em doença diverticular sintomática não complicada, diverticulite aguda ou crónica (não complicada ou complicada), hemorragia diverticular e colite associada à diverticulose. Têm sido descritos diversos fatores modificáveis que influenciam o desenvolvimento e o tratamento destas condições, em particular a alimentação. Esta revisão temática teve como objetivo descrever e analisar a influência de determinadas opções alimentares e nutricionais na prevenção e no tratamento da diverticulose e da doença diverticular. Foram selecionadas meta-análises, revisões sistemáticas, revisões temáticas, recomendações e trabalhos originais publicados entre 2013 e 2023 disponibilizados nas bases de dados Pubmed e Scopus. Da leitura efetuada, verificámos que a obesidade e a ingestão de álcool são fatores de risco para a diverticulose. Uma maior ingestão de fibra e de vitamina D poderá diminuir o risco de doença diverticular, contrariamente à ingestão de álcool. Não foi encontrada associação com a cafeína. A relação com os oligossacarídeos, dissacarídeos, monossacarídeos e polióis fermentescíveis ainda carece de mais investigação. Em relação aos alimentos, o consumo de frutos oleaginosos, sementes e grãos aparenta diminuir o risco de doença diverticular. Já o consumo de carne vermelha parece ter um papel negativo. No tratamento, a recomendação de ingestão de fibra é diferente de acordo com o subtipo de doença diverticular e a utilização da nutrição artificial pode contribuir para um melhor prognóstico.
Fatores de risco para o incumprimento da recomendação da Organização Mundial da Saúde relativa ao consumo diário de frutas e hortícolas por adolescentes
Na maioria das vezes, os jovens não comem pelo menos 400 g/dia de hortícolas e frutas conforme recomendado pela Organização Mundial da Saúde. Assim, este estudo teve como objetivo identificar os fatores de risco associados ao incumprimento da recomendação da Organização Mundial da Saúde para o consumo diário de hortícolas e frutas por adolescentes. Os dados foram recolhidos através de uma amostragem estratificada por conglomerados em um estágio de adolescentes (10 aos 19 anos) de uma cidade do norte de Portugal, e foram realizados modelos de regressão logística. Quase dois terços dos adolescentes não cumprem a recomendação da Organização Mundial da Saúde relativa à ingestão diária de hortícolas e frutas. Uma adesão baixa-moderada à Dieta Mediterrânea assim como uma menor ingestão energética média diária são fatores de risco para os adolescentes não cumprirem a recomendação da Organização Mundial da Saúde.