A alimentação é um pilar fundamental na saúde das populações, em especial na população em idade pediátrica. Este período da vida é caracterizado por um rápido crescimento e desenvolvimento físico e intelectual sendo particularmente vulnerável a desequilíbrios nutricionais que poderão ter consequências irreversíveis no crescimento e na saúde. A dieta vegetariana tem vindo a ganhar relevo na sociedade, e por isso, torna-se relevante refletir sobre o impacto desta dieta na saúde e educação das crianças e adolescentes em idade escolar. Em Portugal, a par da refeição enquadrada nos princípios da Dieta Mediterrânica, passou a ser obrigatório uma opção vegana nos refeitórios escolares. Neste sentido, parece ser importante refletir sobre os possíveis efeitos a médio e a longo prazo desta medida, designadamente o seu pretenso nivelamento com a Dieta Mediterrânica em contexto de alimentação em meio escolar.
O aumento da temperatura corporal é um dos principais fatores que contribui para a fadiga e diminuição da performance em provas desportivas. Por esse motivo, têm vindo a ser investigados métodos de arrefecimento corporal que visam contrariar a elevação da temperatura e potenciar a performance. Neste contexto, tem vindo a acumular-se evidência de que a ingestão de mentol pode potenciar o rendimento desportivo através de vários mecanismos não-térmicos. Entre estes, destaca-se a capacidade de ativar recetores de frio, reduzindo a perceção de calor aquando da prática de exercício intenso. Outros possíveis mecanismos incluem um aumento do volume de ar expirado, diminuição da perceção de esforço cardiopulmonar, efeitos analgésicos e efeitos estimulantes ao nível do Sistema Nervoso Central. No geral, a aplicação oral de mentol parece melhorar a performance no exercício de endurance realizado em ambiente quente e húmido, principalmente na parte final das provas. O mentol aparenta ser um composto seguro nas concentrações habitualmente usadas nos estudos em que se verificou potenciar a performance. No entanto, ao permitir prolongar o exercício para além dos limites térmicos normais, a suplementação com mentol poderá interferir no surgimento de respostas fisiológicas de proteção contra a elevação da temperatura corporal. Entretanto, é necessário testar os efeitos de concentrações maiores de mentol na performance e confirmar a sua segurança em atletas.
A microbiota intestinal constitui a maior comunidade de bactérias no corpo humano e a sua alteração está associada a diversas patologias. Diversos estudos referem que a microbiota intestinal pode ter um papel preponderante na espondiloartrite. Os mecanismos sugeridos, que poderão estar implícitos nesta relação, incluem a permeabilidade intestinal, a estimulação do sistema imunitário, o mimetismo molecular, entre outros. O papel da alimentação na modulação da microbiota enquanto medida preventiva ou terapêutica na espondiloartrite, parece ser algo promissor e suficientemente relevante para motivar mais investigação futura, principalmente de translação.