A formação de hábitos alimentares ocorre em grande medida nos primeiros anos de vida sendo recomendada uma alimentação variada, nutricionalmente equilibrada e completa para garantir um ótimo crescimento e desenvolvimento das crianças. Esta revisão visa compreender que aspetos contribuem para a criação de hábitos alimentares em crianças em idade pré-escolar, tendo para isso recorrido à pesquisa na PubMed a partir das palavras-chave “food”, “eating habits” e “preschool child”. Vários fatores podem influenciar a formação de hábitos alimentares das crianças como são disso exemplo aspetos relacionados com os pais e os avós (e.g. idade e nível de escolaridade), ou fatores concretos como a neofobia alimentar ou a presença de doenças nessa fase do ciclo de vida. Estando os nutricionistas mais consciente dos fatores que influenciam os hábitos alimentares das crianças em idade pré-escolar, terão maior probabilidade de verdadeiramente as conseguir auxiliar e aos seus cuidadores.

Introdução: A Terapêutica Nutricional individualizada constitui, a par da farmacoterapia, um fator fundamental no controlo da Diabetes Mellitus tipo 2. A avaliação da efetividade da Terapêutica Nutricional em adultos com Diabetes Mellitus tipo 2 passa pelo controlo glicémico, redução de fatores de risco cardiovascular, redução do peso e/ou prevenção do seu ganho, diminuição do uso de fármacos e aumento da qualidade de vida.

Objetivos: Este estudo teve como objetivo analisar a efetividade da Terapêutica Nutricional no controlo da Diabetes Mellitus tipo 2 em adultos pela avaliação da evolução do perfil glicémico e evolução ponderal.

Metodologia: Recolheram-se dados sociodemográficos, analíticos e antropométricos de 75 indivíduos com diagnóstico de Diabetes Mellitus tipo 2, acompanhados durante 3 anos numa Consulta de Nutrição dos Cuidados de Saúde Primários. Os resultados são apresentados como média ± desvio-padrão. Para o estudo estatístico aplicou-se o teste t-Student para variáveis normais, e o teste Wilcoxon para as restantes variáveis.

Resultados: Observaram-se melhorias, estatisticamente significativas na avaliação antropométrica: peso (-0,8 Kg) e Índice de Massa Corporal (-0,7 Kg/m2) e perfil glicémico: HbA1c (-0,6%) e glicemia em jejum (-21 mg/dl) após 3 meses de Terapêutica Nutricional, bem como a longo prazo: peso (-7,8 Kg), Índice de Massa Corporal (-2,5 Kg/m2) e glicemia em jejum(-28 mg/dl).

Conclusões: Perante as melhorias significativas verificadas ao nível da evolução ponderal e perfil glicémico 3 meses após o início da Terapêutica Nutricional e quando se comparou os dados iniciais com os obtidos aos 3 anos de Terapêutica Nutricional, é possível inferir que a Terapêutica Nutricional individualizada é efetiva no controlo da Diabetes Mellitus tipo 2, pelo que deveria ser disponibilizada a todos os indivíduos com este diagnóstico. Assim, é importante sensibilizar a população para a sua relevância e importância da sua manutenção a longo prazo e os gestores para a dotação de rácios adequados de Nutricionistas nos Cuidados de Saúde Primários.