Atualmente, a demência é uma epidemia global com grande impacto social, económico e na saúde, sendo urgente aumentar o conhecimento sobre a sua prevenção e tratamento. Diversos macro e micronutrientes, alimentos e padrões alimentares têm sido estudados como potenciais fatores de risco e de proteção, e agentes no tratamento. Para além da potencial modulação dos fatores de risco vascular, os fatores nutricionais poderão ter uma ação direta na patogénese. Embora ainda não haja evidência consistente e definitiva de ensaios controlados randomizados sobre o efeito dos fatores nutricionais na demência, vários trabalhos sugerem que estratégias nutricionais podem ser custo-efetivas, seguras e fáceis de implementar. Desta forma, é necessário realizar mais investigação para esclarecer o papel da nutrição e alimentação e estabelecer recomendações preventivas e terapêuticas na demência.