A Organização Mundial da Saúde identificou a contaminação alimentar intencional como uma das principais ameaças à saúde pública no século XXI, cujos impactos podem assumir proporções consideráveis na saúde dos consumidores, sociedade, economia, política e segurança nacional.
A temática da defesa alimentar é recente em Portugal e a sua implementação têm-se concentrado em empresas detentoras de referenciais suportados pela Global Food Safety Initiative.
Este trabalho tem como objetivo apresentar os conceitos de defesa alimentar, fraude alimentar e proteção alimentar, o seu contributo para a integridade da cadeia de fornecimento de alimentos bem como as principais metodologias reconhecidas para responder à temática.
A defesa alimentar contribui para a mitigação de riscos potenciais em contaminação intencional e fraude alimentar. Existem várias metodologias e ferramentas que auxiliam na implementação de um sistema de defesa alimentar, sendo que a maioria tem por base o sistema HACCP (Hazard Analysis and Critical Control Points).
A implementação de sistemas de defesa alimentar e de prevenção da fraude alimentar acrescentam robustez e coesão à cadeia de fornecimento de alimentos, sendo, por isso, essencial aumentar a consciencialização dos profissionais e operadores do setor alimentar para o tema.