Introdução: Os desportos de combate referem-se a um conjunto de modalidades individuais de grande relevância no cenário desportivo mundial. A maioria dos desportos de combate é classificado por categorias de peso, como tal, os atletas tendem a reduzir ao máximo a sua massa gorda e mesmo a sua massa corporal para competir nas categorias de peso mais baixas.

Objetivos: Compreender a importância da DEXA na avaliação da composição corporal em atletas de desportos de combate.

Metodologia: Foi realizada uma revisão da literatura nas bases de dados Pubmed e ScienceDirect utilizando as seguintes palavras-chave “body composition”, “DXA”, “combat sport”, “Dual X-Ray Absorptiometry” com o determinante “and”. Foram obtidos inicialmente 35 artigos publicados nos últimos 10 anos e, posteriormente, analisados, primeiro pelo título, a seguir pela leitura do resumo. Após leitura do texto completo selecionamos 12 artigos.

Resultados: A DEXA de corpo inteiro permite uma estimativa rápida e fácil da composição corporal. Com relação aos métodos antropométricos, tem a vantagem de fornecer medidas de composição corporal total e regional. É precisa, reproduzível, rápida e envolve uma dose de radiação muito baixa para o paciente. Mostrou ser eficaz na avaliação da massa gorda, massa magra e conteúdo mineral ósseo, apresentando uma margem de erro muito baixa (2-6%). O acompanhamento dos atletas com o uso da DEXA pode ajudar na monitorização do risco de lesão. O custo elevado, a baixa disponibilidade do equipamento, a radiação que exige a manipulação por um profissional treinado, o facto de ser um método relativamente novo e a existência da contraindicação relativa ao peso do sujeito superior ao limite do peso da mesa são fatores limitantes do uso da DEXA.

Conclusões: Esta revisão sistemática indica que a absorciometria de raios X de dupla energia (DEXA) está a ser considerada o novo golden standard para medição da composição corporal.

 

A Insuficiência Cardíaca pode ser causada por qualquer patologia que afete o coração e, consequentemente, condicione a sua função diastólica ou sistólica. Apesar das melhorias que se têm vindo a verificar em termos de prognóstico, os números são ainda preocupantes e a prevalência permanece elevada, sobretudo em idosos. O estado nutricional tem-se revelado intimamente relacionado com o desenvolvimento e prognóstico desta patologia, verificando-se que um grande número de pacientes com Insuficiência Cardíaca avançada apresenta também desnutrição severa (caquexia cardíaca), associada a um aumento da morbilidade e da mortalidade. Por outro lado, a obesidade parece ter um efeito protetor nesta patologia, existindo numerosos estudos que comprovam a relação entre valores de Índice de Massa Corporal elevados e menor risco de mortalidade, quando comparados com indivíduos com valores de Índice de Massa Corporal mais baixos. No entanto, e apesar de ser o método mais utilizado para caracterizar o estado nutricional, o Índice de Massa Corporal não é um bom indicador da composição corporal no que respeita à distribuição de gordura, sendo este um fator fundamental a ser estudado nestes pacientes. Assim, para melhor compreender o papel do tecido adiposo na Insuficiência Cardíaca, é premente determinar o método que melhor se adequa à avaliação do estado nutricional destes pacientes e de que forma este pode influenciar o prognóstico da doença.