Introdução: O impacte ambiental da produção agrícola de tomate tem vindo a ser cada vez mais estudado, considerando-se que existe uma influência da localização geográfica da sua produção e do seu consumo.

Objetivos: Quantificar e comparar o impacto ambiental do tomate a nível de produção local versus global, com recurso a case studies, e simular o correspondente ao Potencial de Aquecimento Global (100 anos), em kg CO2 eq, da produção de tomate em Portugal versus o correspondente ao importado de Espanha, Itália e Holanda.

Metodologia: De abril a maio 2022 recorreu-se à Scopus, para incluir os artigos desta revisão narrativa. Incluíram-se termos como avaliação do ciclo de vida”, tomate”, produção”, impacte ambiental” e indicador de sustentabilidade”. Recorreu-se ao software SIMA PRO (versão 2022) para obter o Potencial de Aquecimento Global (100 anos), em kg CO2 eq, relativo à produção de tomate em Espanha, Itália e Holanda. Procurou-se a mesma informação na literatura para Portugal.

Resultados: Incluíram-se 5 artigos transversais realizados em Espanha, França, Suécia e Áustria. Consideraram-se os seguintes indicadores de sustentabilidade: Emissão de Gases de Efeito Estufa, Potencial de Aquecimento Global, Privação de Água e Destruição da Camada do Ozono. Não é possível afirmar que a produção local do tomate tem um menor impacte ambiental que a sua produção global (importação), dependendo este impacto de fatores como o tipo de produção e do indicador de sustentabilidade utilizado. Quanto à simulação efetuada, espera-se que produzir tomate em Portugal tenha um menor Potencial de Aquecimento Global (100 anos) do que importar de Espanha, Holanda ou Itália ([0,035-0,080] kg CO2 eq versus 0,84, 2,12 e 1,56 kg CO2 eq, respetivamente).

Conclusões: O impacte ambiental da produção local do tomate nem sempre é menor do que o da sua produção global. Recomenda–se a realização de mais estudos em Portugal para determinar o impacte ambiental da produção deste alimento para ser possível, mais robustamente, fazer comparações com outros países.

A alimentação e a nutrição exercem influências pré-concecionais e gestacionais e constituem fatores determinantes para o alcance das necessidades nutricionais ao longo do ciclo de vida, as quais são imprescindíveis para o desenvolvimento, o crescimento e uma vida saudável. A evidência científica tem demonstrado o papel protetor do Padrão Alimentar Mediterrânico, durante os períodos iniciais do ciclo de vida, mas também contra diversas patologias que podem desenvolver-se mais tarde na vida adulta. Com este trabalho, pretende-se apresentar uma revisão narrativa atualizada acerca da influência na saúde deste padrão alimentar, ao longo do ciclo de vida. Para esse efeito, foi realizada uma pesquisa, na MEDLINE, de artigos científicos em língua portuguesa ou inglesa, de acesso gratuito, publicados no período compreendido entre 2000 e 2022, selecionados de acordo com a sua atualidade e pertinência para o tema. Completou-se a pesquisa recorrendo a websites de entidades de referência nacionais e internacionais. Incluíram-se no total 78 referências bibliográficas. Conclui-se que o Padrão Alimentar Mediterrânico, para além do impacto positivo na fertilidade, no desenvolvimento e sucesso da gravidez, na saúde da descendência, no desenvolvimento e crescimento de crianças e adolescentes e no estado nutricional em todas as fases da vida, parece ter um papel na redução da incidência de doenças cardiovasculares, metabólicas, endócrinas e neurodegenerativas.