Aleitamento materno exclusivo: Prevalência na maternidade e durante o segundo mês de vida

Jorge Santos Silva, Filipa Flor-de-Lima e Henrique Soares

Acta Portuguesa de Nutrição 2021, 24, 18-20 , https://dx.doi.org/10.21011/apn.2021.2404

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Resumo

Introdução: A taxa de aleitamento materno exclusivo dos recém-nascidos em Portugal mantém-se inferior às recomendações Nacionais e Internacionais.

Objetivos: O objetivo deste trabalho foi determinar a prevalência do aleitamento materno exclusivo à alta da maternidade e a sua evolução até ao segundo mês de vida.

Metodologia: Realizámos um estudo retrospetivo de recém-nascidos saudáveis nascidos no nosso hospital, de abril a novembro de 2019. Os dados referentes ao seu modo de alimentação foram recolhidos em consulta durante o segundo mês de vida.

Resultados: Dos 159 recém-nascidos estudados, o aleitamento materno exclusivo ocorreu em 80,5% à alta da maternidade, sendo a sua prevalência inferior nos nascidos por cesariana 69,7% (p= 0,019). Durante o segundo mês de vida a prevalência do aleitamento materno exclusivo ocorreu em 59,7% da amostra (p<0,001) não se demonstrando nessa altura diferenças significativas entre os diferentes modos de parto.

Discussão dos resultados: Destaca-se a relação negativa do nascimento por cesariana na prevalência do aleitamento materno exclusivo à alta da maternidade. Realça-se a importância do acompanhamento à família após a alta hospitalar, assim como, o reforço da formação continua dos profissionais de saúde.

Conclusões: A prevalência do aleitamento materno exclusivo da nossa amostra, embora inferior ao preconizado pela literatura, é sobreponível aos dados nacionais. A sua melhoria é dependente de uma estratégia clínica diferenciada para os diferentes modos de nascimento, assim como, pela implementação da Iniciativa Hospital Amigo dos Bebés.



Palavras-chave: Aleitamento materno exclusivo, Maternidade, Recém-nascidos