Comunicação dos perigos alimentares pela imprensa escrita: um estudo de caso para o milénio (2000-2017)

Rosa Azevedo, Ana Sofia Mil-Homens, Luís M Cunha e Ana Pinto de Moura

Acta Portuguesa de Nutrição 2019, 18, 32-37 , https://dx.doi.org/10.21011/apn.2019.1806

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Resumo

Os media assumem um papel crítico na disseminação da informação sobre o risco alimentar, podendo o consumidor instruir-se sobre a atualidade dos diferentes perigos alimentares, recorrendo nomeadamente à leitura da imprensa escrita. A presente investigação pretendeu avaliar o modo como as notícias associadas ao risco alimentar são tratadas por um jornal diário nacional. Para o efeito, consideraram-se os títulos das suas capas, para o período de 2000 a 2017. Recorreu-se à análise de conteúdo, procurando-

-se identificar categorias comuns às diferentes capas, construindo-se um formulário de recolha de informação. Das 335 capas analisadas, confirmou-se que os perigos alimentares tiveram cobertura nas capas do jornal, representando cerca de 5% das capas noticiadas durante o período em estudo, sendo que o tipo de perigo mais difundido foi o biológico, seguido do perigo nutricional. Individualmente, os perigos alimentares mais abordados foram a obesidade, o vírus da gripe das aves e a BSE. Verificou-se ainda que a BSE assumiu particular importância por ser o perigo alimentar que constituiu um maior número de manchetes. A maioria das capas analisadas sobre perigos alimentares dizia respeito ao território português.



Palavras-chave: Jornal diário, Perceção do risco alimentar, Perigos alimentares