Arsénio: Um potencial tóxico para o consumidor das Algas Nori?
Beatriz Lúcio, Eduarda Carvalho, Joana Fernandes, Rafaela Melo e Ana Lúcia Baltazar
Acta Portuguesa de Nutrição 2020, 22, 52-54 , https://dx.doi.org/10.21011/apn.2020.2210
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Resumo
As algas são uma fonte de novos compostos bioativos, como alguns polissacarídeos, que não são encontrados em plantas terrestres, que podem conferir propriedades benéficas para a saúde. Segundo os autores Desideri, Mac Minagail e Zhao YF sabe-se que as algas marinhas contêm altos níveis de arsénio, em diferentes formas químicas.
O principal objetivo desta revisão da literatura é avaliar os níveis de toxicidade do arsénio, isto é, a quantidade mínima que induz uma reação adversa na saúde do consumidor da espécie de algas Porphyra.
A elaboração deste artigo foi feita com base numa revisão da literatura nas bases de pesquisa científica “Science Direct” e “Google Académico”.
O arsénio inorgânico, que apresenta toxicidade, foi detetado em concentrações elevadas apenas nas algas hijiki (Sargassum fusiforme), sendo que as algas Nori não apresentaram valores significativos deste elemento (19,2± 8,4 mg/kg).
Conclui-se que nas algas Nori, quando consumidas com moderação (não excedendo as 12 g/dia), a concentração de arsénio inorgânico não é muito elevada, pelo que não é considerada tóxica para os consumidores.
Palavras-chave: Algas Nori, Arsénio, Arsénio inorgânico, Saúde, Toxicidade